domingo, 25 de dezembro de 2016

 “LEMBRANÇAS” 



O tempo passou, voou.
Foram-se as tardes alegres
e as noites enluaradas
em que juntinhos caminhávamos
com as mãos entrelaçadas
trocando juras eternas
como o mais belo poema
de um amor apaixonado.

O tempo passou, voou.
Levou consigo as belas lembranças
de um passado distante
que a distância
tornou quase esquecido.

Olhar vago
perdido na imensidão do esquecimento
traz de volta a esperança
onde o sonho
da troca de olhares
e de carinhos sem fim
faz pulsar novamente
o coração quase adormecido
de sentimentos esquecidos
e guardados
como a joia mais preciosa
que cultivo carinhosamente
dentro do meu coração.



Do livro “AMOR, SONHO E POESIA”

Júlio Cesar



TEUS LÁBIOS

“TEUS LÁBIOS”  


Nos teus lábios desejo
depositar os meus
para ver se consigo sentir
todo o amor
que dizes ter por mim.

Nos teus lábios desejo
encontrar as respostas
que vivo tentando descobrir
nos abraços carinhosos
quando me enlaças
e me desejas.

Nos teus lábios
penso viver
os mais belos sonhos de amor
pois neles não conseguirás
te esconder por muito tempo.

Nos teus lábios
está a bela resposta
onde,durante longo tempo,
tentaste desesperadamente
evitar a descoberta.

Nos teus lábios         
sinto amor
nos teus lábios             
sinto paixão
nos teus lábios
sinto tudo aquilo
que sempre desejei sentir
para que eu pudesse
deles extrair o verdadeiro amor.


Do livro “AMOR, SONHO E POESIA”


Júlio Cesar

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

INÉRCIA

“INÉRCIA”


Um mundo perdido
Entre focos de insensatez
Palavras não ditas
Machucam e ferem os que desejam viver.

Ruídos altos
Auto falantes enlouquecidos
Musicas que nada expressam
Neste mundo que parece adormecido.

Assim agora vivemos
Perdidos em terras estranhas
Escondidos e enjaulados
Como feras enraivecidas.

Buscar o que e onde
Não mais sabemos dizer
Porque aquele fruto maduro
Apodreceu, murchou e caiu.

Somos a podridão
De uma época
Vivendo enclausurados
Dentro dos nossos próprios eus.

Feridos, magoados e tristes
Não temos mais caminho a seguir
Pois Aquele que de graça nos deu
Esquecido está em cada canto deste Universo.

JC BRIDON

24/07/2016


17,25 hs.

NATAL - TEMPO DE REFLEXÃO

                   “NATAL – TEMPO DE REFLEXÃO”


Estamos atualmente atravessando momentos, dias e mais dias, de uma forma nunca dantes imaginada.
Parece que não existe, nesse mundo criado por Deus, algo melhor do que maldades, tristezas, fome e mortes desenfreadas.
A inutilidade, que impera no coração dos seres inumanos, faz com que nossa fé num Poder Maior seja posta à provas.
No entanto temos que continuar com nossa fé, acreditando que o que nos espera é algo muito maior e mais digno do que tentam demonstrar esse seres que estão habitando nosso Planeta.
Sejamos fortes!
Sejamos honestos!
Tenhamos fé em Deus!
Tenhamos esperança Nesse, que no dia 25 de dezembro, retorna ao nosso meio para nos mostrar que é possível sim vivermos em paz e felizes.
Talvez o questionamento seja: será que adianta esperarmos pelo Salvador, para que somente através Dele é que conseguiremos alcançar tudo aquilo que esperam Dele os seres humanos?
Com toda certeza, por que à quem iremos recorrer, senão a Jesus Cristo que nos deixou o maior legado de todos, apesar da maioria ou uma pequena minoria, com o poder nas mãos, tentar desviar a nossa atenção para outros interesses?
Somos inteligentes ou pelo menos deveríamos ser, porque temos dentro de cada um de nós algo tão sublime que não existe pecado algum que possa nos levar à perdição.
Levantemos nossas cabeças para seguir o exemplo do grande Mestre Jesus Cristo, que amou e pediu que nos amássemos uns aos outros.
Está mais do que na hora de elevarmos nossos corações e nossos espíritos para Ele e pedir-Lhe que nos ajude e nos direcione somente para o bem, que é o que realmente importa neste Natal.
Vamos ser firmes nos nossos propósitos de igualdade, fraternidade e união e olharmos o outro que ainda sofre todas as agruras que os tempos atuais impõem.
Vamos ser justos conosco e com nossos irmãos, sejam eles de que cor, credo e religiosidade sejam, porque, como nos disse o Criador somos todos feitos da mesma imagem, somos iguais em tudo.
Naveguemos nesse Natal com o coração palpitante de amor, de caridade, de humildade e, principalmente, de fé.
Que todos elevem suas preces Aquele que, ao retornar à todos nós, neste Dia tão especial, o façam com muita dignidade, observando que o mundo não é só o que podemos visulizar, mas à todos que vivem nele e muitas dificuldades atravessam.
Milhares morrem de fome, de sede, assassinados a sangue frio como se meros objetos fossem.
Vamos olhar o mundo com os Olhos de Deus pois só assim teremos paz dentro de nós.
Que este Natal traga muita luz e paz à todos os habitantes desse nosso Planeta que chamamos Terra.
Feliz Natal!

Júlio Cesar Bridon dos Santos – JC Bridon

e-mail:   bridon@terra.com.br













quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

MENTES DE CONCRETO

    “MENTES DE CONCRETO”

Com o passar dos tempos
Mentes perturbadas e perdidas
Perambulam como zumbis
Neste Planeta terra.

O tempo que não pára
E nem cede caminho
Lenta e rigorosamente segue
Um trilhar enegrecido nas eras vindouras.

Somos como abutres
Em busca do nada e de nada
Navegando sem rumo certo
Perdidos em pensamentos e sentimentos sem fim.

Não entendemos o progresso
Com internet, computadores e celulares
E com infinidades que sobrevêm como tsunamis
Agigantando-se como imensas vibrações.

Saqueamos nosso intelecto
Destruímos nosso interior
Com pensamentos que a nada levam
E vivemos escondidos como se criminosos fôssemos.

Mentes de concreto
Poluídas pelos tempos
Nada armazenam, tampouco criam
O que poderá evitar catástrofes gigantescas.

Mentes de concreto
Feitas do nada
Criam e desperdiçam
Tudo o que de mais belo existia.

Somos o início do fim
O começo das rachaduras no concreto
De nossas mentes que perambulam enjauladas
Nesse misterioso mundo.


JC BRIDON – 24/07/2016  =  15,20 hs. 

NOITE DE LOUCURA

"NOITE DE LOUCURA" 


Sinto um ardor sufocante
a inebriar-me o corpo
como se mil pétalas de rosas
lavassem esse corpo febril.

Sinto a leveza das plumas
que ostentas com tanto carinho
a navegar calmamente
entre tua pele sensível.

Sinto que sou tomado pelo prazer
que me trai a todo instante
como se fora um febril cavaleiro
a penetrar matas tão fecundas.

Assim, meu sonho se esvai
no penumbra escura de uma noite de luar
onde o acordar é o essencial
para trazer outra noite de loucura.



JC BRIDON



PEDAÇOS

      “PEDAÇOS”


Arrancaram pedaços de mim
Estraçalharam o que de mais
Importante existia
Bagunçaram meu eu interior.

Tentaram jogar-me culpas,
Erros, desenganos e mentiras
No entanto, tenho algo comigo
E dentro de mim, que me protege.

Por isso,
Por mais que tentem
Por mais que me entristeçam
Não vou tropeçar jamais.

Sou vida!
Sou luz!
Sou a fagulha do Criador
Que me ama e orienta.


JC BRIDON

04/12/2015


sexta-feira, 12 de agosto de 2016



    





         “LÁGRIMAS E SAUDADES”


Ah! Quanta saudade
Da  buzina dos circos
Dos vendedores de açúcar-doce
E amendoins açucarados.

E os cheiros que tinham no ar?
Cheiro de Natal, de Páscoa
De maçã doce
De balas e caramelos.

Cheiro diferente
Trazia à lembrança
Que algo de bom e gostoso
Estava para acontecer.

E as tardes-noites?
Com aquele céu avermelhado
Num prenúncio de que
A noite traria mil alegrias.

Sinto saudades da saudade
Dos meus pais à noitinha
Sentados na varanda
Cantarolando e assoviando músicas
Eternas de Vicente Celestino.

Quanto tempo se passou
Quantas lágrimas enchem
Esses olhos que buscam e rebuscam
Um passado longínquo
Que nunca mais irá voltar.

Ah! Quanta saudade!


JC BRIDON
               

                       

                             “O OUTRO LADO DA VIDA”


Meu eu interior saltou do seu cantinho, escondido que estava, e abrindo as janelas da incompreensão, viu-se diante de um espetáculo dantesco.
Seus olhos arregalados viam uma imensa planície, onde corriam soltos e livres belos exemplares de cavalos selvagens que, alegremente, troteavam naquele  gramado verde.
Para ele, quase sem fôlego, era a vida a se iniciar, pois tamanho esplendor só podia surgir Daquele que a tudo criara.
Olhou para os lados, para cima e para baixo e sentiu-se como que atraído por aquele belo momento.
Tudo o que via era maravilhoso.
Tudo que presenciava era digno de um céu.
Por isso, tomado por imensa felicidade, sentou-se, cruzou as pernas e ali permaneceu calado, somente contemplando a natureza.
Quantas e quantas vezes havia desejado estar num lugar assim, sem medo algum, sem tristezas, traumas, amarguras e infelicidades.
Quantas e quantas vezes pediu a Deus que o deixasse pelo menos, por alguns minutos, vislumbrar um pouco do que e como fora criado este tão belo Planeta.
Sentiu-se um felizardo.
Um alguém que conseguira ultrapassar as barreiras humanas e se encontrar frente a frente com o Criador e criação.
Tudo era simples mas, ao mesmo tempo, impressionante.
Nada de guerras, mortes, genocídios, fome e miséria, somente paz, aquela paz que tanto sonhara e agora vivenciava.
E, como aquilo lhe proporcionava um prazer indescritível.
Lembranças de tempos idos não lhe chegavam, pois o ainda desconhecido era como algo inatingível.
Ninguém havia lhe mostrado esse outro lado, essa outra face da vida.
Descobria por si só, por ter sido um aprendiz contumaz, que apenas vivia para os outros, ajudando e colaborando no que fosse possível e estivesse ao seu alcance.
Era, por assim dizer, um Assis dos tempos modernos.
Talvez, por isso Deus, em Sua infinita misericórdia, lhe proporcionava este inesquecível momento de glória.
Tinha agora a “certeza” de que o mundo, a vida, não acaba simplesmente quando um corpo deixa o outro e que chamamos de morte.
Não, havia algo mais e muito mais valioso do que tudo o que havia vivido até então.
Meu Deus, como estava feliz, como era feliz.
O momento, para ele, era mágico e que jamais iria esquecê-lo.
De repente, lá na frente, viu que alguém se aproximava.
Devagar, bem devagar, passo dado com muito cuidado, como se apenas flutuasse, algo se aproximava.
Sentiu um frio percorrer-lhe aquele corpo que vestia no momento e ficou somente a observar.
Nada do que via parecia fazer sentido mas sabia que, aquele algo ou alguém fazia parte de sua vida terrena e, aos poucos, sentiu um  aperto no peito, o coração começou a bater descompassado e apertando seus olhos sentiu que pequenas lágrimas começaram a escorrer por sua face.
Quando deu por si e olhando agora aquele vulto que se formava a sua frente, atirou-se em sua direção, abraçou-o carinhosamente e uma palavra, apenas uma palavra, conseguiu pronunciar, já que os soluços não o deixavam falar:
PAPAI!


JC Bridon                       



 “AMOR TERNO E VERDADEIRO” 



Sempre presente
Alardeando os buracos enegrecidos
Dos que buscam encontrar
O verdadeiro amor.

Talvez ele esteja presente
Dentro de uma bandeja de prata
Anunciando aos quatro ventos
O quão importante ele é.

Amar, sempre amar
Traz junto consigo a esperança
De que um novo amanhã
Permaneça sempre junto ao seu coração.

Nessa espera constante
De que algo sério e profundo
Possa fazê-lo enxergar a luz
Para tornar o outro feliz.

Juntos, assim, acabaremos
Como preferidos um pelo outro
Na esperançosa solução
De um amor terno e verdadeiro.



JC BRIDON





            “O POETA E A VIDA”
 

As lágrimas vertidas
De um poeta sonhador
Traduzem suas virtudes
No trilhar sereno da saudade.

Apagaram-se as mágoas,
Caiu a máscara das verdades
E o poeta, mais uma vez,
Transformou seu sonho em realidade.

Navegou por mares sem fim,
Elevou-se ao infinito dos céus,
Tocou de leve as estrelas
E pousou seus olhos no luar prateado.

De sonhador a criador
Transpôs sua própria visão
E deu um gigantesco salto
Na direção de seus anseios.

Agora, o poeta não mais sonhava
Com algo inacabado
Pois, finalmente, seus desejos
Tinham sido conquistados.


JC BRIDON